julho 10, 2002
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou
Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor
Eu protegi teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor
Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador
Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
julho 02, 2002
Hoje fui abordado na rua por uma mulher chamada Josi. Bela mulher. Maltratada, com aparência suja, mas conseguia reparar-se em sua beleza.
Veio e perguntou-me se era escritor, se eu escrevia em um blog, se escrevia crônicas com nomes engraçados. Esse foi o início de uma longa conversa sobre meus textos, minhas idéias. Quando num ato de fúria, a mulher começou a bater-me sem dó muito menos piedade. Reparando que eu não entendia aquela reação violenta, ela gritou:
_Meu nome é Josiscleyde, seu louco! Qual o seu nome hein?! Quem é você?
Alguém tirou a mulher de lá. Não saí ferido, mas fiquei com marcas da bolsa da bela mulher.
Para quem não sabe, uso o nome Josiscleyde em meus testos... não porque o abomine ou o ache ridículo, mas é hilário.
Não respondi as perguntas da mulher, mesmo porque meu nome é SURREAL e sou um escritor de blog. Se vocês quiserem imaginar que sou um colunista fracassado e de nome estranho, tudo bem! Talvez eu possa ser a Josiscleyde... vocês nunca vão saber...